domingo, 20 de novembro de 2011

Adoro essa sensação que a maldade me causa, seja em doses homeopáticas ou cavalares, esse formigamento que me causa nas palmas das mãos.
Posso sentir em ondas de estremecimento pelo peito a sensação que me dá em expor as podridões alheias e seus pecados malditos. O cheiro de podre que exalam, as mentiras e as falsidades.
É quase uma forma de prazer. Minhas mãos tremem só de pensar no sentimento horrível de culpa que a faço sentir.
Vingança? Acerto de contas?
Nem um, nem o outro. É apenas uma questão de orgulho, de mostrar que fez todas as escolhas erradas em momentos errados.
É estranho como me causa uma sensação melhor que uma medalha, que um gol, que um orgasmo, que cair de 5 andares, que bater um carro a 180km/h, que levar um tiro. Tenho vontade de gargalhar. Mas não, é melhor manter a pose séria.
Você está prestes a viver seus piores dias.
E quanto a mim, acho que também não vou para o céu.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A maldição da nem heroína


Eu queria no meu íntimo, que nada mais acontecesse pra atrapalhar o que eu sinto por ti, mas como sempre, você não tem um tempinho pra ter um tempinho pra mim.

Já estou me acostumando com isso, e queria poder dizer que sinto sua falta cada vez menos nos últimos dias, mas seria a pior mentira que já contei a mim mesma...

Queria acreditar que tudo mudou, que ia ser diferente, mas pro resto das nossas vidas vai ser assim.

Desculpa por isso, mas me sinto extremamente chateada. Não vou mais ligar, as mensagens, não mandarei... Estou cansada de esperar uma resposta definitiva vinda de ti...

Então me conformei, e vou tentar, com todas as minhas forças continuar a carregá-la em meus ombros, tentando provar que eu te amo, tentando fechar os olhos à tudo que me fere, tendo paciência, embora ela se esgote por vezes. Só não esqueça que um dia, até Atlas sucumbiu, e que eu não sendo deusa, muito menos titã, não resistirei por muito tempo.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Bipolaridade

Eu já não sei mais dizer,
Se eu odeio te amar,
Ou se o amor que sinto
é só um revés de puro e vivo ódio.

Acho por fim, que odeio te amar,
que existe alguma coisa que mantém tão perto de ti,
que se chama realmente ódio,
a cólera, a ira, a fúria, a pura raiva.

Que por segundos me faz ter vontade de te estrangular,
mas que pelo resto do dia me faz desejar teus beijo cálidos.

Odeio o teu jeito arrogante, prepotente e... chato!
Mas foi pelo teu jeito doce e terno que me apaixonei...
É teu jeito supérfluo, de luxúria e paixão,
de soberba e pseudo-superioridade que te fazem assim,
Um ser amante, carnal... Com a alma mais linda do Universo.

E talvez por isso eu te odeie tanto...
e por outro lado não consiga viver longe de ti,
que um ódio contido só pode ser admiração,
amor, elevação. Se é que me entendes...

E sim, é isso.
Eu definitivamente, te odeio.
Prefiro ver o Diabo de fronte.
Te odeio tanto quanto nem sei dizer.

Te odeio tanto, porque de algum jeito,
Eu amo você dos pés à cabeça,
do último fio de cabelo negro até o brilho do teu sorriso.
Tudo, sem uma parte sequer faltar.
Odeio te amar tanto assim.

domingo, 24 de julho de 2011

Três Badaladas

Uma, duas, três badaladas
Olho o relógio, nem sei por que
Pelo hábito talvez,
Porque sim, eu sabia
Eram quinze pr'as três.

Não esperava só o tempo
Esperava você, quieta
Escorrendo pelos meus dedos
Escapando de um silêncio,
De uma explicação falha.

De que adianta uma rima?
Uma, duas, três palavras,
Se eu falo, canto, escrevo
E você, como escrava
Apenas ouve o meu medo.

Uma, duas, três badaladas...
Três batidas de um coração
Uma alma podre apenada
Sozinha pela multidão
Uma gota, um sopro, uma badalada.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Pokito a Poko

Mirarme dentro y comprender,
que tus ojo son mis ojos,
que tu piel es mi piel,
en tu oido me alborozo,
en tu sonrisa me baño,
y soy parte de tu ser...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Por onde andei?

Desculpe
Estou um pouco atrasado
Mas espero que ainda dê tempo
De dizer que andei
Errado e eu entendo

As suas queixas tão justificáveis
E a falta que eu fiz nessa semana
Coisas que pareceriam óbvias
Até pra uma criança

Por onde andei?
Enquanto você me procurava
Será que eu sei?
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava...

Amor eu sinto a sua falta
E a falta
É a morte da esperança
Como um dia
Que roubaram o seu carro
Deixou uma lembrança

Que a vida é mesmo
Coisa muito frágil
Uma bobagem
Uma irrelevância
Diante da eternidade
Do amor de quem se ama

Por onde andei?
Enquanto você me procurava
E o que eu te dei?
Foi muito pouco ou quase nada
E o que eu deixei?
Algumas roupas penduradas
Será que eu sei?
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me falta...

terça-feira, 24 de maio de 2011

Inominável

Sabe aqueles momentos nostálgicos raros,
Que você tem um sorriso doido no rosto,
Milhões de lembranças frente os olhos,
Aquele frio na barriga,
Você sente aquele perfume,
Os sorrisos mordem os lábios,
Os olhares queimam o rosto,
De um jeito bêbado e terno,
Só uma melodia aos ouvidos...
E ainda assim, uma tristeza leve e fina,
Que leva uma lágrima ao olhar.
Você tenta refletir sobre o que as coisas se transformaram,
Tenta lembrar de como era antes,
Mas nada concreto, apenas rabiscos,
Borrifos e nuvens confusas de lembranças,
E aquela sensação que não passa,
Só é guardada mais uma vez,
Pra você pegar de novo quando quiser se sentir um pouco seguro...